sexta-feira, 21 de junho de 2013

Acabei de publicar mais um texto belíssimo de Sérgio Ricardo, que vem se revelando um grande cronista. Para quem ainda não o conhece, Sérgio é filho de Everaldo, meu mano mais velho, mas que de velho não tem nada...
Eu não sabia que tinha na família um escritor, fiquei muito feliz com essa revelação, pois foi justamente esse gênero literário que me transformou numa amante da leitura.
Se você gostou do texto então comente! O autor desde já agradece.

Abraços a todos,

RETRATOS de MINHA INFÂNCIA - II

 A CATAPORA e a JANELA

Ainda na cama, percebo a chuva cair.
Os pêlos dos braços e das pernas eriçavam-se.
Amiúde o corpo tremia em meio a calafrios.
As erupções cutâneas exigiam uma coçadinha.
(Não coce se não vira uma pereba e aí não cicatriza direito).
Advertiam os adultos.
Era CATAPORA.
... ...
A virose me impedia de sair e brincar lá fora.
Mas tinha suas vantagens.
Era quando manducávamos frutas nobres.
Maçã, uva e até pera.
...
Limitado ao meu quarto,
Vislumbrava os acontecimentos pela janela.
Minhas irmãs tomavam banho de chuva na biqueira.
Um pardal refugiava-se em um galho baixo do jambeiro em frete a casa.
Meus colegas vizinhos jogavam bola entre as poças de lama.
...
A chuva minguava.
Um belo arco-íris surgia.
As nuvens tomavam formas de animais.
Cavalo, pássaros, coelho e muitos outros.
Assim..., o dia passava bem rápido.
Quando a noite chegava.
Via as estrelas brilhando no céu negro.
(Resistia à tentação de conta-las para não crescerem verrugas).
Sentia o frescor do sereno acariciar meu rosto, e ia dormir.
Para no dia seguinte assistir, a mais um espetáculo que minha janela proporcionava.
Moral da história:
Entre zero e um existe uma quantidade infinita de números.
Entre as arestas de uma janela existe um MUNDO inteiro.
 
Autor: Sérgio Ricardo

terça-feira, 18 de junho de 2013

RETRATOS de MINHA INFÂNCIA - I

A Colcha de Retalhos

 A colcha de retalhos, cosida pela minha mãe,
Protegia-me do frio e das muriçocas impertinentes.
Era uma belíssima peça artesanal.
 
Logo após acordar, enroupado apenas com um calção,
Também cosido com sobras de tecido,
Corria a inspecionar meus tesouros,
Frascos vazios de desodorante (que logo se transformariam em robôs lúdicos).

- Venha tomar café menino!
Bradava minha mãe.

À mesa, jogava migalhas de pão ao senhor Jhones.
(meu amigo imaginário que morava na companhia de dois leões sob a mesa de jantar).

Do lado de fora, no quintal,
Punha-me a fabricar mais bonecos.
Agora produzidos com cabos de vassouras velhas e tábuas recolhidas de caixotes de madeira.

À tarde montado em meu alazão, (uma velha vassoura de piaçava).
Rodeava o tanque, (reserva d’água, privilégio de poucos na Vila Cardeal e Silva).
Transpondo os obstáculos da pista de hipismo, que eu mesmo montara.
Competia, com adversários fabulosos, até o entardecer.

- Venha tomar banho menino!
Ralhava minha mãe novamente.

Embaixo do chuveiro travava sôfregas batalhas, munido com minha pistola a laser.
(Outro frasco vazio de desodorante).
Como eram úteis esses frascos.

À noite, após o jantar,
Entrava em minha nave espacial.
(Um velho banco de madeira, habilmente construído por meu pai).
Dispunha o banco de cabeça para baixo,
Fechava as laterais com um lençol,
E através de comandos “sofisticados”,
(Tampas de garrafas pregadas no tamborete),
Partia em audaciosas jornadas.
 
Após um pouso preciso, dada a grande perícia do piloto, e exausto de tantas aventuras.
Mergulhava em minha cama e me deixava envolver no aconchego
De minha velha e colorida colcha de retalhos.

 Autor: Sérgio Ricardo

 

terça-feira, 11 de junho de 2013

Família de Cibele e Marcelo Teixeira

 
Comemorando o São João 2013. Marcelo Teixeira com Daniel nos braços ao lado de Cibele e João. Família linda! Beijos.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Família de Nivea e Marcelo Meirinho

Nivea, Marcelo com Heitor nos braços e abaixo Arthur,
na festinha de São João do colégio no dia 08 deste mês.
 

                                       Legal né? Mande a sua foto também pro meu e-mail:
mimi-2405@hotmail.com e deixe esses momentos em família marcados para sempre. Beijos.

sábado, 1 de junho de 2013

FELICIDADE

 Finda o dia
Aduz-se o crepúsculo.
Meu corpo extenuado
Carece de zelo.

No eirado, a companheira,
Comparte de anos de luta.
Aguarda-me ansiosa.

A criança, nos braços da mãe.
Meneia a cabeça ao sabor dos sons
Que, ora lhe chegam aos ouvidos.

O sorriso nos lábios da companheira
Anuncia minha chegada.
A criança, lépida,
Estende-me os braços.

A filha adolescente
Presenteia-me com um enlace acolhedor.
O primogênito me saúda com carinho.
O enteado me oferece um cumprimento fraternal.

ESTOU EM CASA!
            
Deixo-me derrocar
Na poltrona preferida
E tento devotar atenção a todos.

Uníssono todos, me relatam seu dia.
Em meio à balbúrdia
A criança não sabe onde fixar os olhos.
Finda, distraindo-se me atacando os óculos.

A mente viaja em busca do filho do meio.
E o encontra álacre e sorridente
Mediante os cuidados dos diligentes avós.

Minha companheira, generosa e compadecida.
Massageia-me as espáduas pungentes.
Adinâmico e perante tanto desvelo
Deixo-me envolver pelo manto de Morpheus.
                 
SOU UM HOMEM FELIZ!
 
Autor: Sérgio Ricardo

ANIVERSARIANTES DE JUNHO/13




 
09 - Bianca
 
16 - Maria Eduarda
 
24 - Simone Barros
 
25 - Marcelo Meirinho
 
25 - Pedro Lucas
 
27 - Fábio Luciano