quarta-feira, 29 de maio de 2013


São 4 da manhã.
O sono me escapa.
Principia-se um novíssimo dia.
No pomar, a luz do candeeiro gerador da vida,
me acolhe com um abraço generoso.

Sereno, contemplo minhas crias.

As macaxeiras preguiçosas espraiam-se.
A Faustosa ateira rebrota exuberante,
A bananeira vaidosa exibe sua nova plumagem.
O pé de cereja-das-antilhas, este guerreiro,

obstinado sobrevive.

O pau-brasil, orgulho da família,
narra sua luta com o cajueiro vetusto.
O velho anacardium

teima em lhe impor uma sombra incômoda.

A cesalpiniácea apressa-se em crescer,
em busca do seio fulgor que há de lhe alimentar.
Sobeja lateralmente e agradece- me o apoio necessário.
Sou senhor d’uma enorme riqueza.


Autor: Sérgio Ricardo

2 comentários:

Miriam Correia de Albuquerque disse...

Adorei Serginho, lindo esse seu texto e é muito bom saber que você assim como eu também gosta de escrever. Espero poder contar com mais contribuições suas. Grande beijo. Miriam.

Unknown disse...

É muito bom ver como você em um texto belíssimo retrata nossas riquezas,que para alguns é uma boubagem,mas tem valor e significado infinitamente incalculável para nós.Continue escrevendo pois você sabe transformar coisas tão simples em textos lindos!Nos dando o privilégio de contemplar essa dádiva que você tem.Beijo,te amo.Sua admiradora:)